domingo, 7 de outubro de 2012

Tempos modernos: no ninho a velha pomba?


Hoje fui surpreendida pela natureza, mais uma vez... Talvez nem deveria ficar surpresa com o que vi, dado ao número de vezes que em razão das transformações surgidas da mente e mãos humanas, testemunhei adaptações no modo de vida da fauna e da flora.
O lugar de morar é  sagrado e acompanha as necessidades específicas de cada espécie. Há muito o homem atrai os pássaros para o meio urbano, seja em gaiolas, em busca de alimentos, pela destruição das florestas ou  por oferecer quintais bem abastados de frutas apreciadas pelas aves.
Muitos dizem que andorinhas, pardais e pombos são aves urbanas que não vivem sem um telhado. Tenho lá minhas dúvidas e o que vi me faz pensar que temos mesmo uma nova geração de pássaros a nos circular. São tantos que até tucanos vez ou outra podemos avistar  atravessando a cidade em voos razantes. eles vão chegando e se adaptando às novas tecnologias (?).
A razão dessas palavras, ou melhor, a motivação para escrevê-las, chama-se "pomba". De repente, o Sol ardia a minha pele às três da tarde e não quis voltar a pé para casa, embora a distância não fosse maior do que 1,5 km. Parei à sombra de uma árvore daquelas que a gente vê todo dia no ponto de ônibus. Enquanto esperava o transporte fiquei observando a natureza ao redor, aliás bem rica para uma área urbana. Vi cigarras nos troncos das árvores no canteiro central da avenida, contei os pés de frutas na calçada, procurei árvores floridas...
Sem mais para onde olhar, olhei para os  galhos daquela que me abrigava do sol e ... avistei uma rodilha verde-amarela no galho estendido para a pista. Juro que por alguns instantes pensei ser uma cobra. Fixei o olhar e até despertei olhares de outros que dividiam comigo aquela sombra amiga.
Enfim, o mistério se desfez. Uma pomba dentro do ninho, quietinha, descansando e quem sabe, já chocando seus ovos...
Fico imaginando aquele ninho e a pomba num galho de árvore estendido para o asfalto onde a cada segundo passam carros barulhentos, alguns com altura suficiente para esbarrar no galho onde está o ninho. E ela quieta e feliz! Como pode ser feliz naquele lugar de morar? Em tempo modernos, seriam o ninho e velha pomba os mesmos?
Contudo, é um belo exemplo de que a felicidade mora mesmo ao lado, não escolhe hora, lugar, nem a companhia. Nós é que tornamos tudo mais complicado com nossos "achismos"!

E você, já encontrou a pomba na imagem?

2 comentários:

  1. Oi Anabela
    Depois de dar uma boa examinada, acho que consegui enxergar a pomba no ninho, do lado esquerdo da foto.
    Beijo.

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  2. Sabe Ana, cada dia mais a cidade recebe novos habitantes que ate então moravam nas matas,coisa do avanço humano sobre suas areas ou mesmo pelas queimadas constantes.Na utima vez que tive em Itabira, no quintal da minha mãe vi um casal de Jacu tranquilos no pé de manga.Segundo familiares todos os dias eles vão lá e comprovei.A pombra tranquila faz e cuida do seu ninho em plena Belô totalmente adaptada ao movimento.Bela sua sensibilidade e cronica.
    Mas aqui temos visto muitas cobras invandindo os condominios proximos de matas destruidas para os predios,o que tem representado risco.
    Um abração amiga.

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